Parabéns Maria
domingo, 13 de novembro de 2011
8ª Jornada - 1ª Divisão Distrital - Futsal Sénior Feminino - A. F. Braga
*Jogo Maria da Fonte - ARJ Mogege realiza-se dia 24/11/2011 às 21h.
Tabelas: Clube Futsal
«II Torneio Mundial de Futsal Feminino»
«A Selecção Nacional de Futsal Feminino vai disputar o II Torneio Mundial, que terá lugar entre os dias 5 e 10 de Dezembro de 2011, em Fortaleza (Brasil).
A Equipa das Quinas, que se sagrou vice-campeã no I Torneio Mundial, está incluída no Grupo B da competição, juntamente com as formações da Rússia, do Japão e da Argentina. No Grupo A figuram o Brasil, a Espanha, Angola e a Venezuela.
Portugal estreia-se a 5 de Dezembro, defrontando o Japão, seguindo-se as partidas com a Argentina (6 de Dezembro) e a Rússia (dia 7).
As meias-finais do II Torneio Mundial de Futsal Feminino jogam-se a 9 de Dezembro, com a final marcada para o dia seguinte. Todas as partidas decorrerão no Ginásio Paulo Sarasate.
Eis o programa de jogos da competição:
= 1ª FASE =
05.12.2011 (1ª Jornada)
Jogo 1 - 14h00: Angola vs Espanha
Jogo 2 - 12h00: PORTUGAL vs Japão
Jogo 3 - 18h00: Rússia vs Argentina
Jogo 4 - 20h00: Brasil vs Venezuela
06.12.2011 (2ª Jornada)
Jogo 5 - 14h00: Japão vs Rússia
Jogo 6 - 16h00: Venezuela vs Angola
Jogo 7 - 18h00: Argentina vs PORTUGAL
Jogo 8 - 20h00: Brasil vs Espanha
07.12.2011 (3ª Jornada)
Jogo 9 - 14h00: PORTUGAL vs Rússia
Jogo 10 - 16h00: Espanha vs Venezuela
Jogo 11 - 18h00: Japão vs Argentina
Jogo 12 - 20h00: Brasil vs Angola
08.12.2011 (4ª Jornada)
Jogo 13 - 14h00: 3º Grupo A vs 4º Grupo B
Jogo 14 - 16h00: 3º Grupo B vs 4º Grupo A
= 2ª FASE =
09.12.2011 (Meias-finais)
Jogo 15 - Derrotado Jogo 13 vs Derrotado Jogo 14
Jogo 16 - Vencedor Jogo 13 vs Vencedor Jogo 14
Jogo 17 - 1º Grupo B vs 2º Grupo A
Jogo 18 - 1º Grupo A vs 2º Grupo B
= 3ª FASE =
10.12.2011 (FINAL)
Jogo 19 - Derrotado Jogo 17 vs Derrotado Jogo 18
Jogo 20 - Vencedor Jogo 17 vs Vencedor Jogo 18
As horas apresentadas são locais»
A Equipa das Quinas, que se sagrou vice-campeã no I Torneio Mundial, está incluída no Grupo B da competição, juntamente com as formações da Rússia, do Japão e da Argentina. No Grupo A figuram o Brasil, a Espanha, Angola e a Venezuela.
Portugal estreia-se a 5 de Dezembro, defrontando o Japão, seguindo-se as partidas com a Argentina (6 de Dezembro) e a Rússia (dia 7).
As meias-finais do II Torneio Mundial de Futsal Feminino jogam-se a 9 de Dezembro, com a final marcada para o dia seguinte. Todas as partidas decorrerão no Ginásio Paulo Sarasate.
Eis o programa de jogos da competição:
= 1ª FASE =
05.12.2011 (1ª Jornada)
Jogo 1 - 14h00: Angola vs Espanha
Jogo 2 - 12h00: PORTUGAL vs Japão
Jogo 3 - 18h00: Rússia vs Argentina
Jogo 4 - 20h00: Brasil vs Venezuela
06.12.2011 (2ª Jornada)
Jogo 5 - 14h00: Japão vs Rússia
Jogo 6 - 16h00: Venezuela vs Angola
Jogo 7 - 18h00: Argentina vs PORTUGAL
Jogo 8 - 20h00: Brasil vs Espanha
07.12.2011 (3ª Jornada)
Jogo 9 - 14h00: PORTUGAL vs Rússia
Jogo 10 - 16h00: Espanha vs Venezuela
Jogo 11 - 18h00: Japão vs Argentina
Jogo 12 - 20h00: Brasil vs Angola
08.12.2011 (4ª Jornada)
Jogo 13 - 14h00: 3º Grupo A vs 4º Grupo B
Jogo 14 - 16h00: 3º Grupo B vs 4º Grupo A
= 2ª FASE =
09.12.2011 (Meias-finais)
Jogo 15 - Derrotado Jogo 13 vs Derrotado Jogo 14
Jogo 16 - Vencedor Jogo 13 vs Vencedor Jogo 14
Jogo 17 - 1º Grupo B vs 2º Grupo A
Jogo 18 - 1º Grupo A vs 2º Grupo B
= 3ª FASE =
10.12.2011 (FINAL)
Jogo 19 - Derrotado Jogo 17 vs Derrotado Jogo 18
Jogo 20 - Vencedor Jogo 17 vs Vencedor Jogo 18
As horas apresentadas são locais»
Fonte: www.fpf.pt
«A HIDRATAÇÃO DO ATLETA»
«A gestão da ingestão de líquidos e electrólitos é provavelmente o aspecto mais negligenciado pelo atleta amador ou até mesmo pelo profissional.
Durante o desenvolvimento do exercício físico, a actividade metabólica pode aumentar até vinte vezes mais. Muita da energia dispendida, é libertada na forma de calor e este é proporcional à intensidade do exercício.
Este calor é dissipado do corpo do atleta quer por irradiação, quer pela evaporação do suor. Cada grama de suor evaporado, remove aproximadamente 0,6 kilocalorias, pelo que a sudação é a forma mais efectiva de transferência do calor do corpo para o meio ambiente.
A produção de suor é proporcional à subida da temperatura do corpo e pode exceder os dois litros por hora.
No atleta que não consiga por variadas razões, uma adequada termoregulação, o nível de perdas líquidas pelo suor pode ser superior ao nível de absorção de líquidos pelo intestino e nesta situação passa a haver um défice de água, instalando-se um estado de desidratação.
A desidratação deve ser sempre muito preocupante para o atleta, quer pelos inerentes riscos cardiovasculares, quer pela perda de desempenho (performance) que provoca e também por ser terreno favorecedor para o desenvolvimento de lesões de sobrecarga, particularmente no tendão.
ALGUMAS NORMAS PARA CONTROLO DA DESIDRATAÇÃO
Duas horas antes do desenvolvimento da actividade física (treino ou jogo), o atleta deve ingerir dois bons copos de água ou de uma bebida dita “sport drink“. Meia hora antes, deverá voltar a ingerir mais um bom copo. As “sport drinks“ não podem ter mais de 8% de hidratos de carbono, de modo a não haver uma diminuição na sua absorção no intestino. Os sumos de fruta e as bebidas com frutose, não podem ser ingeridas pela mesma razão e por poderem provocar sérios problemas gastrointestinais durante o treino ou o jogo.
Durante o desenvolvimento da actividade física, o atleta tem necessidade de fazer ingestão a cada 15/20 minutos, de 200 ml de uma bebida que contenha sempre: 6 gr. de cloreto de sódio e de 60 gr. de glicose ou sacarose, por litro. Pode utilizar em alternativa, qualquer das “sport drinks“ de qualidade existentes no mercado. O ATLETA NUNCA PODE BEBER ÁGUA SIMPLES.
Do mesmo modo não pode ingerir águas minerais e ou bebidas com gás, como laranjada, gasosa, cola, etc.
COMO FAZER A REHIDRATAÇÃO
O atleta deve efectuar sempre, antes e depois do desenvolvimento do exercício físico, a sua pesagem e fazer o registo desta (em caderno próprio).
Por cada quilo perdido, deve efectuar nas 6 horas seguintes, a ingestão de 1,5 litros de uma bebida que contenha sempre: 6 gr. de cloreto de sódio e de 60 gr. de glicose ou sacarose, por litro. Pode ingerir água simples às refeições, desde que coma os alimentos com sal.»
Durante o desenvolvimento do exercício físico, a actividade metabólica pode aumentar até vinte vezes mais. Muita da energia dispendida, é libertada na forma de calor e este é proporcional à intensidade do exercício.
Este calor é dissipado do corpo do atleta quer por irradiação, quer pela evaporação do suor. Cada grama de suor evaporado, remove aproximadamente 0,6 kilocalorias, pelo que a sudação é a forma mais efectiva de transferência do calor do corpo para o meio ambiente.
A produção de suor é proporcional à subida da temperatura do corpo e pode exceder os dois litros por hora.
No atleta que não consiga por variadas razões, uma adequada termoregulação, o nível de perdas líquidas pelo suor pode ser superior ao nível de absorção de líquidos pelo intestino e nesta situação passa a haver um défice de água, instalando-se um estado de desidratação.
A desidratação deve ser sempre muito preocupante para o atleta, quer pelos inerentes riscos cardiovasculares, quer pela perda de desempenho (performance) que provoca e também por ser terreno favorecedor para o desenvolvimento de lesões de sobrecarga, particularmente no tendão.
ALGUMAS NORMAS PARA CONTROLO DA DESIDRATAÇÃO
Duas horas antes do desenvolvimento da actividade física (treino ou jogo), o atleta deve ingerir dois bons copos de água ou de uma bebida dita “sport drink“. Meia hora antes, deverá voltar a ingerir mais um bom copo. As “sport drinks“ não podem ter mais de 8% de hidratos de carbono, de modo a não haver uma diminuição na sua absorção no intestino. Os sumos de fruta e as bebidas com frutose, não podem ser ingeridas pela mesma razão e por poderem provocar sérios problemas gastrointestinais durante o treino ou o jogo.
Durante o desenvolvimento da actividade física, o atleta tem necessidade de fazer ingestão a cada 15/20 minutos, de 200 ml de uma bebida que contenha sempre: 6 gr. de cloreto de sódio e de 60 gr. de glicose ou sacarose, por litro. Pode utilizar em alternativa, qualquer das “sport drinks“ de qualidade existentes no mercado. O ATLETA NUNCA PODE BEBER ÁGUA SIMPLES.
Do mesmo modo não pode ingerir águas minerais e ou bebidas com gás, como laranjada, gasosa, cola, etc.
COMO FAZER A REHIDRATAÇÃO
O atleta deve efectuar sempre, antes e depois do desenvolvimento do exercício físico, a sua pesagem e fazer o registo desta (em caderno próprio).
Por cada quilo perdido, deve efectuar nas 6 horas seguintes, a ingestão de 1,5 litros de uma bebida que contenha sempre: 6 gr. de cloreto de sódio e de 60 gr. de glicose ou sacarose, por litro. Pode ingerir água simples às refeições, desde que coma os alimentos com sal.»
Fonte: www.stoplesoesnodesporto.com
«E o Guarda-redes...? Ele também existe...»
«Pois bem... Antes demais quero agradecer ao FutsalGlobal por ter a iniciativa de convidar técnicos de futsal para expôr suas opiniões em determinadas áreas da nossa modalidade. No meu caso vou falar do treino de guarda-redes, lamentavelmente, um posto pouco falado, mas é tanto ou mais importante o seu treino, como os restantes jogadores de campo, não é por nada que por vezes ouvimos este tipo de comentário: "...O GR é meia equipa...".
Os meus artigos são baseados da minha experiência como treinador de guarda-redes nos nacionais, formações, cursos e pesquisas. Neste 1º artigo vou falar de um tema que alguns treinadores ignoram ou têm falta de conhecimento que o problema existe, que é "O problema do medo no Guarda-redes".
* O medo é um elemento que preocupa bastante, treinadores e os próprios guarda-redes.
* A existência do medo evita uma movimentação calma e concentrada, é portanto, contra produtora ao sucesso. O medo aparece em todos os degraus de prestação competitiva, em especial após as lesões .
* Primeiramente, o medo é apenas um sistema de protecção natural, através do qual, o corpo deve evitar sofrer danos... A consequência lógica de tal premissa, é a de que o medo só pode ser retirado, quando o corpo aprender a enfrentar os perigos que surgem durante o jogo, de maneira diversa. O problema do treinador não consiste tanto em retirar o medo mas mais torná-lo inútil, através da implementação de maiores capacidades no guarda-redes.
* Naturalmente um aspecto bastante importante neste campo é a motivação. Quanto maior for a motivação, mais depressa o jogador estará pronto a ultrapassar a sua onda de medo.
Na maior parte das vezes, é notório o medo do embate da bola, vou divulgar alguns aspectos que devemos ter em atenção.
* Deve ser desenvolvida, em relação ao guarda-redes, uma sensação em relação à bola. O relacionamento do guarda-redes com a bola deve ser algo natural e evidente. Exercícios no âmbito da coordenação bola-corpo tem aqui, uma particular importância.
* O treinador nunca deverá focar os perigos do embate da bola. O medo é facilmente activado através da descrição das possíveis consequências. Se no entanto for o guarda-redes a procurar conversar sobre o tema o treinador aceitará e chamar-lhe-á a atenção para as possibilidades de fazer frente aos perigos, através de trabalho específico que está a executar.
* É imprescindível evitar exigências demasiadas grandes. Provas de coragem como por exemplo fazendo passar a bola rente à cabeça do guarda-redes, sem que este se mexe, destinam-se a aumentar o medo e não diminuí-lo.
Existem varios tipos de medo: Medo do desconhecido, Medo do fracasso, Medo da dor, Medo do choque.
1- Medo do desconhecido: - Nas posições de guarda-redes não é tanto possível como nos outros postos, planear antecipadamente as suas acções, pois estas dependem normalmente das acções desencadeadas pelo adversário. Podemos criar exercícios aonde faça crescer no guarda-redes a sensação de poder fazer face a novas situações.
* Exercício : - O guarda-redes encontra-se de olhos fechados à frente do treinador. Este segura a bola ao alcance do guarda-redes (em baixo, em cima, ao lado, etc...). O guarda-redes de olhos fechados abre-os passados 5´´ e tenta defender a bola.
* Comentário: Este exercício permite ao guarda-redes habituar-se a situações desconhecidas, perigosas e inesperadas ( por exemplo a bola à frente da cara), sem que algo lhe possa acontecer. Podem assim treinar sem perigo as reacções certas em situações desconhecidas.
2- Medo do fracasso: O fracasso dos jogadores de campo são muitas vezes pouco perceptíveis e chamam pouco a atenção de quem está de fora. Para o guarda-redes o perigo de se "queimar" pela sua posição isolada na área de baliza é significativamente maior. Em especial bolas aparentemente fáceis de defender.
* Exercício: - O guarda-redes está deitado de costas com os braços em posição normal, como se estivesse na baliza. O treinador deixa cair bolas no chão de uma altura de 50 cm, à direita da cabeça do guarda-redes em seguida à esquerda e assim sucessivamente. O exercício é feito inicialmente com toda a suavidade. Se o guarda-redes seguir a bola com os olhos sem pestanejar pode-se aumentar a intensidade dos lançamentos e a distância. Quando os olhos começarem a pestanejar deve-se lançar mais baixo e novamente com suavidade pois o guarda-redes revela sobrecarga.
* Comentário: -Este exercício permite ao guarda-redes adquirir auto confiança, ele sente que concentrando-se nos movimentos da bola, de um lado para o outro, deixa de pestanejar, sinal de que não fracassa em situações fáceis.
3- Medo da Dor: Levar com a bola pode ser doloroso. Também a execução de determinados movimentos técnicos pode causar dor, quando o guarda-redes não estiver devidamente preparado para os executar, através de treino adequado da flexibilidade. Deverá apresentar boa condição física, quando melhor preparado menos dor resulta do impacto da bola.
* 1 Exercício : - O guarda-redes atira a bola ao ar e repele-a várias vezes com o peito ou ombros.
* comentário: - Primeira habituação ao contacto corpo-bola.
* 2 Exercício: - O treinador passa a bola ao guarda-redes que a devolve com o peito, ombros ou cabeça.
* Comentário: - Trata-se de fazer com que o guarda-redes dirija totalmente o seu corpo para a defesa da bola sem qualquer receio.
4- Medo do choque: Em especial em remates do pivot, mas também em situações de contra-ataque, onde é possível o choque com o jogador atacante. O cálculo correcto da situação de jogo é uma decisiva técnica defensiva que diminui bastante o risco de choque. Assim, deve-se levar ao conhecimento dos guarda-redes que por exemplo na defesa dos remates feitos na ala uma saída longa em demasia, reduz a possibilidade de sucesso. Em remates da posição central cada guarda-redes deve ter a sua posição óptima de saída também em função do atacante.
* 1 Exercício: - O guarda-redes faz a cambalhota à frente e à retaguarda e quando sai da cambalhota o treinador na posição de ala ou pivot, passa-lhe a bola e este sempre que possível, agarra e devolve.
* Comentário: - As bolas não são atiradas com força pelo que o guarda-redes não tem de ter medo. Não faz mal que a bola por vezes seja atirada antes do tempo, pois o contacto com o guarda-redes e sendo com pouca força, habituam este ao contacto com a bola a ao cálculo de evitar o choque com o treinador.
* 2 Exercício: - O guarda-redes está na frente do seu treinador (pé ou sentado) de olhos fechados e com as mãos junto à cara preparadas para receber a bola. O treinador atira a bola com cuidado para as mãos. O guarda-redes então deve procurar agarrá-la assim que sente esta tocar-lhe as mãos. A pouco e pouco atirar a bola com mais força.
* Comentário : - O Exercício serve para desenvolver a sensibilidade para com a bola e ensinar o contacto corpo-bola. Deve ser executado com muito cuidado na fase inicial. É reconhecível pelo piscar dos olhos fechados, quando este começa a exigir demais de si próprio. Este é o sinal para o treinador atirar mais devagar. A intensidade do lançamento deve ser gradualmente aumentada.
Com este artigo espero que ajude todos os treinadores nas suas unidades de treino a resolver situações de MEDO dos seus guarda-redes que por vezes nunca damos importância, mas com o treinamento, certamente melhora o performance dos guarda-redes.»
Os meus artigos são baseados da minha experiência como treinador de guarda-redes nos nacionais, formações, cursos e pesquisas. Neste 1º artigo vou falar de um tema que alguns treinadores ignoram ou têm falta de conhecimento que o problema existe, que é "O problema do medo no Guarda-redes".
* O medo é um elemento que preocupa bastante, treinadores e os próprios guarda-redes.
* A existência do medo evita uma movimentação calma e concentrada, é portanto, contra produtora ao sucesso. O medo aparece em todos os degraus de prestação competitiva, em especial após as lesões .
* Primeiramente, o medo é apenas um sistema de protecção natural, através do qual, o corpo deve evitar sofrer danos... A consequência lógica de tal premissa, é a de que o medo só pode ser retirado, quando o corpo aprender a enfrentar os perigos que surgem durante o jogo, de maneira diversa. O problema do treinador não consiste tanto em retirar o medo mas mais torná-lo inútil, através da implementação de maiores capacidades no guarda-redes.
* Naturalmente um aspecto bastante importante neste campo é a motivação. Quanto maior for a motivação, mais depressa o jogador estará pronto a ultrapassar a sua onda de medo.
Na maior parte das vezes, é notório o medo do embate da bola, vou divulgar alguns aspectos que devemos ter em atenção.
* Deve ser desenvolvida, em relação ao guarda-redes, uma sensação em relação à bola. O relacionamento do guarda-redes com a bola deve ser algo natural e evidente. Exercícios no âmbito da coordenação bola-corpo tem aqui, uma particular importância.
* O treinador nunca deverá focar os perigos do embate da bola. O medo é facilmente activado através da descrição das possíveis consequências. Se no entanto for o guarda-redes a procurar conversar sobre o tema o treinador aceitará e chamar-lhe-á a atenção para as possibilidades de fazer frente aos perigos, através de trabalho específico que está a executar.
* É imprescindível evitar exigências demasiadas grandes. Provas de coragem como por exemplo fazendo passar a bola rente à cabeça do guarda-redes, sem que este se mexe, destinam-se a aumentar o medo e não diminuí-lo.
Existem varios tipos de medo: Medo do desconhecido, Medo do fracasso, Medo da dor, Medo do choque.
1- Medo do desconhecido: - Nas posições de guarda-redes não é tanto possível como nos outros postos, planear antecipadamente as suas acções, pois estas dependem normalmente das acções desencadeadas pelo adversário. Podemos criar exercícios aonde faça crescer no guarda-redes a sensação de poder fazer face a novas situações.
* Exercício : - O guarda-redes encontra-se de olhos fechados à frente do treinador. Este segura a bola ao alcance do guarda-redes (em baixo, em cima, ao lado, etc...). O guarda-redes de olhos fechados abre-os passados 5´´ e tenta defender a bola.
* Comentário: Este exercício permite ao guarda-redes habituar-se a situações desconhecidas, perigosas e inesperadas ( por exemplo a bola à frente da cara), sem que algo lhe possa acontecer. Podem assim treinar sem perigo as reacções certas em situações desconhecidas.
2- Medo do fracasso: O fracasso dos jogadores de campo são muitas vezes pouco perceptíveis e chamam pouco a atenção de quem está de fora. Para o guarda-redes o perigo de se "queimar" pela sua posição isolada na área de baliza é significativamente maior. Em especial bolas aparentemente fáceis de defender.
* Exercício: - O guarda-redes está deitado de costas com os braços em posição normal, como se estivesse na baliza. O treinador deixa cair bolas no chão de uma altura de 50 cm, à direita da cabeça do guarda-redes em seguida à esquerda e assim sucessivamente. O exercício é feito inicialmente com toda a suavidade. Se o guarda-redes seguir a bola com os olhos sem pestanejar pode-se aumentar a intensidade dos lançamentos e a distância. Quando os olhos começarem a pestanejar deve-se lançar mais baixo e novamente com suavidade pois o guarda-redes revela sobrecarga.
* Comentário: -Este exercício permite ao guarda-redes adquirir auto confiança, ele sente que concentrando-se nos movimentos da bola, de um lado para o outro, deixa de pestanejar, sinal de que não fracassa em situações fáceis.
3- Medo da Dor: Levar com a bola pode ser doloroso. Também a execução de determinados movimentos técnicos pode causar dor, quando o guarda-redes não estiver devidamente preparado para os executar, através de treino adequado da flexibilidade. Deverá apresentar boa condição física, quando melhor preparado menos dor resulta do impacto da bola.
* 1 Exercício : - O guarda-redes atira a bola ao ar e repele-a várias vezes com o peito ou ombros.
* comentário: - Primeira habituação ao contacto corpo-bola.
* 2 Exercício: - O treinador passa a bola ao guarda-redes que a devolve com o peito, ombros ou cabeça.
* Comentário: - Trata-se de fazer com que o guarda-redes dirija totalmente o seu corpo para a defesa da bola sem qualquer receio.
4- Medo do choque: Em especial em remates do pivot, mas também em situações de contra-ataque, onde é possível o choque com o jogador atacante. O cálculo correcto da situação de jogo é uma decisiva técnica defensiva que diminui bastante o risco de choque. Assim, deve-se levar ao conhecimento dos guarda-redes que por exemplo na defesa dos remates feitos na ala uma saída longa em demasia, reduz a possibilidade de sucesso. Em remates da posição central cada guarda-redes deve ter a sua posição óptima de saída também em função do atacante.
* 1 Exercício: - O guarda-redes faz a cambalhota à frente e à retaguarda e quando sai da cambalhota o treinador na posição de ala ou pivot, passa-lhe a bola e este sempre que possível, agarra e devolve.
* Comentário: - As bolas não são atiradas com força pelo que o guarda-redes não tem de ter medo. Não faz mal que a bola por vezes seja atirada antes do tempo, pois o contacto com o guarda-redes e sendo com pouca força, habituam este ao contacto com a bola a ao cálculo de evitar o choque com o treinador.
* 2 Exercício: - O guarda-redes está na frente do seu treinador (pé ou sentado) de olhos fechados e com as mãos junto à cara preparadas para receber a bola. O treinador atira a bola com cuidado para as mãos. O guarda-redes então deve procurar agarrá-la assim que sente esta tocar-lhe as mãos. A pouco e pouco atirar a bola com mais força.
* Comentário : - O Exercício serve para desenvolver a sensibilidade para com a bola e ensinar o contacto corpo-bola. Deve ser executado com muito cuidado na fase inicial. É reconhecível pelo piscar dos olhos fechados, quando este começa a exigir demais de si próprio. Este é o sinal para o treinador atirar mais devagar. A intensidade do lançamento deve ser gradualmente aumentada.
Com este artigo espero que ajude todos os treinadores nas suas unidades de treino a resolver situações de MEDO dos seus guarda-redes que por vezes nunca damos importância, mas com o treinamento, certamente melhora o performance dos guarda-redes.»
Texto: Celso Henriques
Fonte: www.futsalglobal.com
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